No Auditório da OTICS-Rio Copacabana, na tarde da terça-feira, dia 21 de maio de 2024, os alunos do primeiro ano do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade se reuniram com as preceptoras Cassia Lannes e Mayara Machado para assistirem a uma importante aula sobre o tema “Abordagem Familiar”.
Considerando que a Estratégia Saúde da Família (ESF) foi implantada para reorganizar o Sistema Único de Saúde, e nela cada equipe é levada a conhecer a realidade das famílias pelas quais é responsável, a abordagem familiar refere-se a uma forma de cuidado que reconhece a família como uma unidade fundamental na promoção da saúde e no tratamento de doenças. Em vez de focar exclusivamente no paciente individual, a abordagem familiar considera o paciente dentro do contexto de sua família e comunidade. Essa abordagem busca entender não apenas a condição médica do paciente, mas também fatores como o ambiente familiar, o suporte social disponível, os hábitos de vida, as crenças culturais e as dinâmicas familiares. Eles reconhecem que esses elementos desempenham um papel crucial na saúde e no bem-estar do paciente. A abordagem familiar também envolve a colaboração com os membros da família no processo de cuidado, o que pode incluir a obtenção de informações sobre o histórico de saúde familiar, envolvimento dos familiares no plano de tratamento e oferecimento de suporte e educação para ajudar a família a melhorar a saúde como um todo.
Durante a aula, as preceptoras enfatizaram a importância fundamental da abordagem familiar na prática da medicina de família e comunidade, especialmente no contexto do SUS. Destacaram que compreender a dinâmica familiar é essencial para diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças. Os residentes foram incentivados a refletir sobre a interconexão entre a saúde do indivíduo e da família, e foram discutidas estratégias práticas para incorporar a abordagem familiar em consultas médicas, como a importância da comunicação eficaz com os membros da família e a identificação de recursos na comunidade. A aula foi interativa, com os alunos participando ativamente por meio de perguntas, discussões de casos clínicos e exercícios práticos, saindo mais preparados para implementar essa abordagem em seu trabalho diário.