Aula R2 – Abordagem Sobre Álcool E Outras Drogas Na Atenção Primária (PRMFC)

Na tarde da quinta-feira, dia 18 de setembro de 2025, no Auditório da OTICS-Rio Copacabana, os alunos do segundo ano do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade (PRMFC) participaram de mais uma atividade formativa. A aula foi conduzida pelos preceptores Jonas Nepomuceno, Rafael Castillo e Eberhart Gross, e teve como tema central a Abordagem Sobre Álcool E Outras Drogas Na Atenção Primária, um conceito fundamental para a compreensão das desigualdades em saúde e para a atuação crítica e reflexiva dos futuros especialistas em Medicina de Família e Comunidade.

A abordagem do uso de álcool e outras drogas na Atenção Primária à Saúde (APS) é fundamental, pois esse nível de atenção representa o primeiro ponto de contato do usuário com o Sistema Único de Saúde. O foco é a prevenção, a detecção precoce, a redução de danos e o encaminhamento adequado dos casos mais complexos. Assim, as equipes da APS desenvolvem ações educativas para promover hábitos de vida saudáveis, fortalecer fatores protetores — como vínculos familiares, redes sociais e escolarização — e reduzir o estigma associado ao uso de substâncias.

Nos casos de dependência ou maior gravidade, a APS atua articulada à Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), encaminhando os usuários aos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) e a outros serviços especializados, garantindo continuidade do cuidado e apoio multiprofissional — médico, enfermeiro, psicólogo e assistente social.

Essa abordagem é norteada pelo acolhimento sem julgamento, pelo sigilo, pelo respeito à autonomia do usuário e pelo cuidado centrado na pessoa, não apenas na substância. Além disso, envolve ações intersetoriais com a assistência social, a educação e a justiça, fortalecendo redes de suporte e contribuindo para um cuidado integral e humanizado.

Além da dimensão teórica, a proposta da aula incentivou a reflexão ética e social sobre o papel do médico de família e comunidade na superação das desigualdades. Ao ampliar sua compreensão sobre esse tema, os residentes fortalecem sua identidade profissional e reafirmam o compromisso com a promoção da saúde integral, a defesa do SUS e a garantia do direito à saúde para todos.