No Auditório da OTICS-Rio Copacabana, na manhã da sexta-feira, 17 de maio de 2024, a equipe do Consultório Na Rua (CnaR), conhecida como equipe Orla do CMS João Barros Barreto, se reuniu com o objetivo de alinhar o fluxo de atendimentos e avaliar todo o processo de trabalho até o momento. Além disso, discutiram pautas como a participação no RAPs, casos de usuários, e compartilharam informações relevantes sobre casos específicos. Também planejaram reuniões com outras unidades de saúde e organizaram pendências externas de trabalho. Um foco importante da reunião foi definir a participação da equipe no Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Entre os profissionais presentes estavam o enfermeiro Felipe Silva, a médica Roberta Trevisan, a assistente social Raíne, a técnica de enfermagem Bruna, além dos agentes sociais Amanda e Fábio.
O Dia Nacional da Luta Antimanicomial é celebrado anualmente em 18 de maio. Esta data marca um movimento importante na história da saúde mental no Brasil e em outros países que defendem uma abordagem mais humanizada e inclusiva no tratamento das pessoas com transtornos mentais. O surgimento da luta antimanicomial está associado ao movimento da Reforma Psiquiátrica, que teve início na década de 1970. Antes desse período, as práticas de tratamento psiquiátrico eram predominantemente baseadas em internações prolongadas em hospitais psiquiátricos, onde os pacientes eram muitas vezes submetidos a condições desumanas e tratamentos violentos.
A luta antimanicomial propõe uma mudança nesse paradigma, buscando a desinstitucionalização dos pacientes psiquiátricos e sua reintegração na sociedade. Em vez de isolá-los em hospitais, o movimento defende o tratamento em liberdade, com o apoio de serviços de saúde mental comunitários, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), os Consultórios na Rua e outras estruturas de apoio. O objetivo da luta antimanicomial é promover a autonomia, a inclusão social e o respeito aos direitos humanos das pessoas com transtornos mentais. Isso envolve não apenas o tratamento dos sintomas, mas também o reconhecimento da subjetividade e da dignidade de cada indivíduo.
É uma oportunidade não apenas de refletir sobre os avanços conquistados até o momento, mas também de reconhecer os desafios que ainda precisam ser enfrentados para garantir uma saúde mental verdadeiramente inclusiva e respeitosa para todos.